quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Ser ou não Ser


Por Arquimedes Guedes Rodrigues

Melhorar não está em nós... sempre melhoramos com o que nos acrescenta, com o que vem de fora.
Não por outra coisa, o aprender, o melhorar, precisa da 'porta humildade' aberta para recepcionar a vida real, abrir os ouvidos, fechar a boca, agradecer por tudo e render-se à verdade ... para ser melhor.
Ser sábio é reconhecer-se sem 'o saber', é viver para aprender e viver para concluir que nunca 'então saberemos' até um dia plenamente Ser... e isto não está em nós.
A verdade que liberta e que vem de fora, não se mostra sem antes merecer crédito: Fé. É preciso primeiro acreditar no que não está em nós, em tudo disto que não está em nós, mas que não esconde-se, manifestando-se por inteiro, sem dúvidas, na consciência da alma, de lá de onde luta contra nosso querer ... o Ser contra o ser.
A partir deste 'passo em falso' para o ser, sustém-nos um pouco do Ser, um chão, um suporte, um caminho que d'antes impossível era vislumbrá-lo: Produto da Fé, isto vem de fora ... e não temos como dizê-lo... é para ser vivido, só se vive... e vale a pena morrer por isto ... como a semente: morrer para viver
Se tenho um medo é o de me achar, suplantar o que poderia Ser pelo apego ao meu ser ... ainda andarei por muitos lugares ... e, enfim, ei de me encontrar totalmente fora de mim mesmo. Lá ... n'Aquele que é plenamente SER.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Mulher igual ao Homem



Por Arquimedes Guedes Rodrigues
Como enganos se entremeiam no coração da humanidade e passa a ser, ele próprio, como uma característica do ser humano. O engano de que falo é a crença no contrário à igualdade da capacidade entre o Homem e a Mulher.
Não só nos espaços mais tradicionais, religiosos, interioranos, resistentes e covardes, mais também nos 'sites' e, mais escondidos, nas mentes mais respeitadas, morre-se a idéia da prevalência sexual deste ou daquele ser.
A verdade que não se pode esconder, seja qual for o argumento, se religioso ou científico, por um lado, ou social e empírico por outro, se ontológico ou pragmático na essência da arte de sobreviver à um mundo competitivo e pior, insensível, a verdade, é que não se justifica a desigualdade entre os homens e as mulheres. Quero dizer, não há como justificar a sabedoria em se observar a prevalência da mulher sobre o homem ou do homem sobre a mulher.
Conquanto nas ciências políticas, sociais, psicológicas, ontológicas etc etc etc não há motivação para os diferenciar a não ser pelo arraigamento cultural, nos meios religiosos torna-se ainda pior, porque não há motivos para se crer assim por Fé, elemento essencial da prática de religação buscada com Deus.
A própria Bíblia não o faz distinguir em suas essências, embora considere em ambos a óbvia carência interdependente. Aprouve a Deus ao homem associar a liderança religiosa e familiar. (Ef 5.22; 1Pe 3.1; 1Tm 3.2,12). Mesmo nisto, esta consideração ao homem, a mulher deve a Deus, e não foi dada como privilégio ao homem mas como ordem à mulher. Não pode o homem cobrar-lhe como direito seu. Ademais, a liderança é para ser exercida conforme a natureza de liderança bíblica, qual seja, semelhantemente à defendida pelo best-seller 'O monge e o executivo', a liderança de serviço defendida divinamente por Jesus que na Bíblia diz 'seja aquele que lidera como aquele que serve' (Lc 22.26), tendo ele mesmo, como líder, oferecido a vida pela liderada Igreja, e mais, em vida, colocando-se a serviço de exemplo de liderança, através do mister de lavar os pés dos seus liderados discípulos.
Não por outro motivo, a igualdade entre Homem e Mulher, recomendo as palavras do Apóstolo Paulo em 1Co 11.11,12: “Todavia, nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no SENHOR. Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem provém da mulher, mas tudo vem de Deus.”
com meus cumprimentos e desejos de que sejas, deixes ser.... para unido e unida, realmente Ser.