segunda-feira, 9 de junho de 2008

Parabéns Zizi (lido na comemoração de aniv de D. Zizi)

Sou neto da aniversariante, Vovó Zizi, e me orgulho muito de cada um que compõe nossa família e todo o círculo de amizade ao seu redor. Sempre lembro de cada tio, tia e demais familiares, desde as lembranças mais remotas de criança, até o encontro mais próximo com cada um. A toda essa família, lastro do que sou, agradeço aos membros mais antigos dela, raízes de onde viemos. Hoje, em especial, agradeço a Deus, por termos esta oportunidade de homenagear uma das fortes raízes de nossa árvore genealógica, a aniversariante Zizi.
E se estamos aqui para comemorar os 90 anos de vida de Zizi, comemoramos sua vitória em viver. Em 06 de Junho de 1918, em Caibeira, nascia Ambrozina Barros, a filha de S. Clementino e D. Maria das Graças.
Aquele não foi um ano fácil. Naquele ano, em 1918 o mundo assistia a duas tristes catástrofes. Uma que terminava, a 1ª Guerra Mundial, que matou mais de 9 milhões de pessoas; outra, que iniciava-se, a epidemia conhecida como gripe espanhola, que matou muito mais, cerca de 75 milhões de pessoas, aqui no Brasil, agravada pela presença do sistosoma, da varíola e da peste bubônica. E é por aqui estar, viva, saudável, que agradecemos a Deus, comemoramos e parabenizamos os 90 anos de vitoriosa vida de D. Zizi.
Naqueles idos o Brasil não possuía nem o Acre e o presidente era Venceslau Brás, e na Paraíba, o presidente, hoje chamado governador, era João Pessoa.
Em 1918, a mortalidade infantil era quase trinta vezes maior do que é hoje.
A Expectativa de vida para uma mulher, como ela, nascida em 1918 era de no máximo, 58 anos.
E é por ter nascido e sobrevivido a todo esse período que estamos aqui para dizer à criança que nasceu e a mulher e mãe Zizi, Parabéns por Sua vida, pela vitória de sua vida, pelos 90 anos de vida que seguem.
O dinheiro da época era o Réis, televisão só seria inventada 14 anos depois, pílula anticoncepcional só 36 anos após.
O nordeste deixava de ser o centro da economia do Brasil e vivia-se sob a égide de oligarquias e os nomes mais ouvidos da época eram os de Antônio Pessoa, Camilo de Holanda, Solon de Lucena, João Suassuna e João Pessoa. Vivia-se também o auge do cangaço, sendo o bando de Lampião eliminado só 20 anos depois, em 38.
Em 1918, ano em que nascia D. Zizi, a Paraíba era o maior produtor de algodão do país e Campina Grande, só então, recebia a luz elétrica.
Naquele ano em que nascia Vovó, que consideramos a MÃE de todos nós, foi o ano em que se começou a comemorar, justamente, o Dia das Mães. E, naquela época a maternidade era mortal para muitas das grávidas, basta dizer que este índice de mortalidade materna, hoje é 99% menor.
É por tudo isso, que reconhecendo a mãe que ela é, onze filhos, onze vezes mãe, 26 vezes avó e 20 vezes bisavó, que nós dizemos com muito orgulho dela: D. Zizi, Parabéns por seus 90 anos.
Ambrozina viveu sua infância em Caibeira até que veio morar em Pocinhos onde conheceu um jovem comerciante com quem se casou, com um empurrãozinho de sua amiga D. Lilia. Seu marido, o Honesto e trabalhador, eleito 2 vezes vereador por Pocinhos, Manoel Guedes de Miranda, S. Neco, com quem completou 'bodas de vidro' , permanecendo casada até a morte dele, perfazendo 58 anos de casamento.
Desta família, resultou todos os amigos, filhos, genros e noras, netos e bisnetos que somos. E é toda esta tua família Vovó que agora, orgulhosa, veio até aqui agradecer a Deus por tua vida e também homenageá-la em seu aniversário.
Por isso, com a licença do Padre Severino, peço a todos que fiquem em pé e juntos vamos dar uma forte salva de palmas pelos seus noventa anos de vitoriosa vida. PARABÉNS VOVÓ ZIZI. DEUS TE ABENÇOE.
Por Arquimedes Guedes Rodrigues

terça-feira, 3 de junho de 2008

O tempo e quem quer ser



Irrediavelmente o tempo não pára. Passa o tempo e nós ... passando com ele, quem pode parar, quem pode não passar, quem arrependido pode voltar.

Para todos, ao mesmo tempo, passa-tempo tempo joga com o todo, com o tudo, com todos... ao mesmo tempo .... quase

mas o tempo ainda por cima é relativo .... e assim não é o mesmo para todos ... de mesmo é sua dinâmica, ele não pára .... ainda que passe, ainda que quase não passe ... ainda que rápido (!) já passou... diferente igual passar para tudo e todos.

tempo perdido ... uma borracha não apagará, o tempo passou, o tempo está passando, ahhh tempo você está perdido por tudo e todo que É ... e também em que for.
Por Arquimedes Guedes Rodrigues