quinta-feira, 27 de março de 2008

Minha Certeza

Vivo e sou vencedor, pelas vitórias dos meus dias
Nenhum deles merecidos, nenhum deles meus,
Mas todos eles ganhos, todos eles...

Vivo e cada dia é uma vitória, mas não antes de ser uma batalha.
Vivo porque não vou desistir.
Ainda que o gigante se apresente, ainda que eu não acredite em mim,
Ainda que a noite se prolongue, ainda que os inimigos se multipliquem, ainda que o necessário medo me ameace:
EU NÃO VOU DESISTIR

Ainda que os políticos nos traiam, ainda que o dinheiro divida, ainda que as pessoas não se amem, ainda que os religiosos não sejam, ainda, ainda, ainda... ainda que eu engorde, ainda que eu envelheça, ainda que os amigos desapareçam, ainda que os amores esqueçam, e se o tempo acelerar....ainda, ainda, ainda...AINDA QUE EU CHORE
EU VOU VENCER, PORQUE EU NÃO VOU DESISTIR

Ainda que tudo, de repente, perca o sentido, e o tempo recomece, ou termine,
Ainda que eu não seja, ainda que ninguém seja, ainda que a falsidade ... ainda assim:
EU JÁ VENCI: PORQUE EU NÃO VOU DESISTIR
E ainda que eu perca a esperança, eu a acharei dentro de mim.
E ainda que eu não entenda, eu aceitarei
E mesmo que eu perca, serei consolado
E POR ISSO SOU MAIS QUE VENCEDOR: PORQUE NÃO VOU DESISTIR.

quarta-feira, 26 de março de 2008

A Porta (em nov/2006)




O tempo... as mudanças... flagramos a vida passar, os tempos mudarem e nada, nada mesmo pode mudar isso. Num desses dias fui pegar minha filha na escola, era seu último dia de aula da ‘alfabetização’, numa ‘salinha’ encravada num espaçinho especial, acessado por uma portinha onde fica D. Zilma no controle. Ao lado o parque e as classes do jardim I e jardim II, etapas anteriores. Ainda lembro quando lá chegava e a encontrava com as coleguinhas em guerra com os meninos, seus quartéis, os respectivos banheiros, menino e menina.

Naquele último dia de aula ela até visitara a ‘sala do futuro’, a sala onde estudaria a primeira série, etapa seguinte. Peguei sua bolsa, sua lancheira e travou na minha garganta o chamado ‘vamos lá meu amor?’, naquele final de tarde ficou muito evidente a porta que cruzaríamos. Mas ela nem mensurava, desconhecia o significado talvez, e prontificou-se a ir. Abaixei-me perto dela ‘fazendo cera’, ‘batendo pino’ para sair, eu sabia que nada mudaria se nunca eu saísse dali. O tempo é assim, chega o tempo, e o que tem de ser já é, e de nada adianta reagir a ser no seu tempo.

(risos) ai eu disse para ela agachado pertinho dela: “olha meu amor, hoje é seu último dia de aula neste espacinho”, Queria que ela entendesse que quando ela cruzasse a porta daquele espacinho especial ela estaria deixando lá, e eu também, a Livinha que passaria a existir só ‘naquele tempo’.

Ela é bem ‘filosófica’ (rs) mas naquele dia balançou afirmativamente a cabeça e apressou-se a ir. (rs)
À porta D. Zilma, como sempre responsável pelo controle de quem entra e sai...pensa ela ... o tempo zomba...o tempo passando, crianças indo e voltando e D. Zilma lá... por enquanto. Mas fomos para porta, D. Zilma pediu um forte abraço a Livinha e de novo a consciência do significado daquela passagem me tentava a irromper com a normalidade e se recusar a ultrapassá-la para atentar contra o tempo. Mas, sou normal, e sucumbo às minhas limitações, passei pela porta num só tempo... deixando uma livinha que só encontro nas minhas memórias... mas ganhando outra que a cada dia se completa deixando umas nas minhas memórias ... e outra que é na minha vida.

terça-feira, 18 de março de 2008

Amor maior do que o não ser

Entretantos os conceitos de amor, muitos e conflitantes, não é ele mais sentimento do que atitude. Obviamente, por isso, é mais fácil, assim, amar até àqueles que nos fizeram, façam ou farão mal.

Mas o Amor é mais do que atitude, sempre será mais do que qualquer coisa ... no momento o vejo maior do que o que sou, melhor dizendo, maior do que o que não sou ... o meu eu óbvio a qualquer... o meu ser que aguarda o que realmente sou.

Maior por que, tomado pelo Amor, sou sempre menor, não o contenho, não o domino... O amor é maior do que o meu eu 'que falta,' maior do que o que sou agora, não vem de mim, não o crio nem decido tê-lo .... o Amor é maior ... é muito maior do que o que posso compreendê-lo ... é maior ante a minha própria vontade de tê-lo, maior do que querer amar, maior do que tudo de bom que eu possa fazer ... o Amor é maior ... o Amor sempre será maior...

o Amor é irresistível. Nínguém que ama vai conseguir deixar de Amar, decidir não amar, agir a não ser por Amor. O amor é sobrehumano, está além do nosso ser... duvida? ... experiente tentar deixar de amar alguém ... kkk .... o Amor que sentes é maior do que todas as tuas forças ... o Amor sempre será maior.

o Amor pelo ser, pelos filhos, pelos pais, irmão, amigos.... o Amor sempre foi maior.

O Amor é ... a essência de Deus .... o Amar é .... Deus no Ser.

terça-feira, 4 de março de 2008

Patins, Espiritualidade e outros Detalhes

Aprendendo a patinar refletí sobre umas das técnicas de aprendizagem divulgada pelo site www.patinar.com.br. Falo sobre a explicação do porquê da criança aprender mais rápido a patinar do que um adulto. Sobre a 'reação à queda'... Mas que 'raios' de aprendizagem é essa? e que pirueta 'técnica' é essa que dá essa vantagem no aprender?

Sem muito delongas, lá se explica que a vantagem reside no fato de que a criança não reage da mesma forma que um adulto quando cai ...

No meu aprendizado passei a dar 'linha' aos meus pensamentos... enquanto dava trôpegos deslizes ... enquanto temia cair ... enquanto acreditava que já sabia ... enquanto voltava a temer... enquanto avançava ousando... "como uma criança" ... até aí (!) ... durante um bom tempo de prazer em tentar; em acertar; ou pelo menos em não cair; prazer pela vida que há em ter fome de dizer: "eu consigo ...conseguí .... eu aprendo ... aprendí"

Aí caí ... na frente das pessoas ... eu já estava no chão ... o barulho dos patins já conclama a atenção da 'platéia' mais distante ou, porventura, distraída para a queda, mas não mais para quem caiu ... PLAAFTTTT !!!

Neste mesmo instante aprendí porque a criança aprende o que o adulto nem tenta. A criança não se preocupa com a vergonha MAIS DO QUE com a vontade de mostrar o que já sabe, a criança logo quer se levantar, para mostrar que não se machucou, que é forte, logo quer voltar a patinar para mostrar que 'sabe' .... e não deixar de continuar tentando, continuar aprendendo. Ela esta certa que vai aprender. Como tem fome uma criança.

A nossa espiritualidade é mesmo assim. Há crianças de espírito, aptas a aprender o que já sabem que vão conseguir. aptas a cair, mas acreditando que não cairão. aptas a surpresa da queda e a relevar as chacotas e o descrédito. Preparadíssimas, por ser criança, a se levantar rapidamente para honrar o que já sabe ... para continuar tentando... para continuar aprendendo.

Se voce, na sua vida, tem se cansado dessa palavra: "TENTAR", saiba que o aprendizado está em não desistir, NUNCA, em sempre tentar, sempre aprender , CAIR E RAPIDAMENTE LEVANTAR-SE ... HONRAR O QUE JÁ SABE...

...e se você acha isso difícil... comece aos poucos, por baixo, quem sabe .... QUEM SABE CAINDO .... QUEM SABE LEVANTANDO... QUEM SABE NÃO DESISTINDO, NUNCA ... QUEM SABE ... APRENDENDO A PATINAR!

... BOM APRENDIZADO, sempre...